terça-feira, 24 de julho de 2007

Deixem aqui as vossas dúvidas

Este blog foi criado com o objectivo de divulgar o meu gabinete/ consultório e destina-se ao público em geral. Podem utilizar este espaço para colocar qualquer tipo de dúvidas relacionadas com a Psicologia, funcionamento das consultas, se devem ou não procurar ajuda...enfim, o que quiserem. Para quem preferir pode deixar as suas questões no seguinte endereço: psiclinica@iol.pt

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Dislexia - um grave problema escolar

Dislexia: (do grego) dus = difícil, dificuldade; lexis = palavra.
Uma das inúmeras definições diz que a dislexia é uma dificuldade duradoura da aprendizagem da leitura e aquisição do seu mecanismo, em crianças inteligentes, escolarizadas, sem quaisquer perturbação sensorial e psíquica já existente.
A criança disléxica é geralmente triste e deprimida pelo repetido fracasso nos seus esforços para superar as dificuldades, outras vezes mostra-se agressiva e angustiada. A frustração causada pelos anos de esforço sem êxito e a permanente comparação com as demais crianças provocam intensos sentimentos de inferioridade.
Em geral, os problemas emocionais surgem como uma reacção secundária aos problemas de rendimento escolar.
Sintomatologia ansiosa, baixa auto-estima, sentimentos de insegurança e vergonha, auto-culpabilização, sentimentos de incapacidade, de inferioridade e de frustração são algumas das características mais comuns em crianças disléxicas.

Hiperatividade

Um número significativo de crianças sofre de Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Trata-se de uma desordem muito mais comum nos rapazes do que nas raparigas: 80% a 90% dos casos diagnosticados são de rapazes.A situação torna-se preocupante quando estas crianças começam a frequentar a escola, podendo o seu comportamento comprometer o desempenho escolar.
As crianças hiperactivas manifestam alguns sintomas de falta de atenção que é possível identificar:
  • apresentam dificuldade em manter a atenção ao executar tarefas ou actividades;
  • evitam as tarefas que requerem esforço mental persistente;
  • distraem-se facilmente com estímulos irrelevantes;
  • não tomam atenção suficiente aos pormenores ou cometem erros por descuido nas tarefas escolares, no trabalho ou noutras actividades lúdicas;
  • parecem não ouvir quando se lhes dirigem directamente;
  • perdem objectos necessários a tarefas ou actividades que terão de realizar.

Eis alguns sintomas de hiperatividade - impulsividade observáveis nas crianças:

  • mexem permanentemente os pés;
  • levantam-se na sala em situações em que se espera que estejam sentadas;
  • correm e saltam excessivamente em situações inapropriadas;
  • apresentam dificuldade em se envolver numa actividade de forma tranquila;
  • falam em excesso;
  • respondem antes do final da pergunta;
  • apresentam dificuldade em esperar pela sua vez.

No entanto, para se concluir a presença da TDAH é fundamental que os sintomas persistam por mais de seis meses e se tenham iniciado antes dos sete anos.

O educador deve estabelecer regras precisas e consequências claras e não deve utilizar uma linguagem de confronto, de modo a evitar comportamentos inadequados. Deve também alternar actividades paradas com actividades mais activas, ajustando o ritmo.Encorajar a criança a desenhar pode ser uma forma de ajudar a lembrar determinado assunto abordado.Contar uma história é também uma forma eficaz de captar a atenção, visto que todas as crianças gostam de ouvir histórias, especialmente histórias pessoais.

Processo Terapêutico

O processo psicoterapêutico pretende ajudar a pessoa a lidar com as suas dificuldades e problemas, assim como potenciar os seus próprios recursos e promover o bem estar emocional. Desta forma, desenvolvem-se competências que lhe permitam, no futuro, lidar com problemas semelhantes de forma mais funcional, visando uma melhoria da qualidade de vida do indivíduo.
O processo psicoterapêutico passa, essencialmente, por 3 grandes fases: A primeira é a fase em que se avalia ou se desconstrói o pedido, o motivo pelo qual o cliente procurou o Psicólogo, a recolha do historial de vida, e em que se faz a avaliação psicológica da pessoa. Após essa primeira fase, chega-se finalmente à consulta de devolução, na qual se transmite as conclusões ou o diagnóstico ao qual se chegou, tendo sempre por base a avaliação psicológica previamente realizada. Com base nisso entra-se na terceira etapa, a fase de acompanhamento. Aqui são definidos os objectivos terapêuticos a alcançar e "trabalham-se" as estratégias e técnicas que irão conduzir à mudança de pensamentos e comportamentos, de modo a reestabelecer o equilíbrio emocional e psicológico do cliente/ paciente. Esta última fase é por si só um processo moroso.

terça-feira, 10 de julho de 2007

O Psicólogo Clínico

O Psicólogo Clínico apresenta formação que lhe permite desenvolver, de forma autónoma ou integrado em equipas de saúde, actividades de investigação, avaliação, intervenção (aconselhamento), encaminhamento, bem como de intervenção ao nível da promoção, prevenção e manutenção da saúde.
Esta formação permite-lhe ainda conhecimentos chave para uma futura formação especializada em psicoterapia.

O que é a Psicologia Clínica?

A Psicologia Clínica pode ser definida como “ramo da psicologia que tem por objecto o estudo, avaliação e intervenção nos problemas e perturbações psíquicas, bem como da componente psíquica das perturbações somáticas” (adaptado da definição da Psicologia Clínica dada por Huber, Winfrid de 1993).
O seu objecto é, pois, um organismo biológico, situado num contexto social com o qual interage, possuindo uma história e caracterizado pela sua reflexividade, ou seja, um organismo bio-psico-social.